Um pouco da nossa história

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O Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro, originalmente Centro Pastoral Vergueiro (CPV), foi fundado em 1973, anos de chumbo da ditadura militar. A ideia da criação do CPV veio dos frades dominicanos na região sudeste de São Paulo. Frei Giorgio Callegari aglutinou em torno do projeto CPV um grupo de frades dominicanos, estudantes universitários, professores, profissionais liberais e militantes de organizações de esquerda. Reuniam-se na comunidade dominicana situada à Rua Vergueiro.

Assim nasce o CPV, como utopia de pessoas engajadas para os quais a ação pastoral, social e política deveria estar a serviço da transformação e da liberdade. Desde de sua fundação, o CPV assumiu o compromisso de preservar a memória de resistência e organização popular, mas não para armazená-la apenas, mas para divulgá-la para que servisse de instrumento de transformação.

Nas décadas de 1970 e 1980, o CPV apoiou a organização de movimentos independentes de governos, Estado, partidos políticos, entidades religiosas, que buscassem a construção da consciência de classe e uma sociedade igualitária, sem exploração. O CPV estava voltado para setores de oposições sindicais urbanos e rurais, de S. Paulo e de outros estados, grupos de alfabetização e supletivo, pastorais, grupos de bairros. A atuação era engajada e o acervo é resultado dessas ações e relações.

Nesse período, o CPV foi irradiador e difundidor de informações e materiais populares produzidos por grupos, entidades e centros de documentação de todas as regiões do país. Foi criado um serviço chamado Núcleo de Correspondência, para realizar envios mensais, pelo correio, de informações pré-selecionadas em nossa documentação, de acordo com a temática de interesse do assinante, quando ainda o computador era inacessível e não existia a internet.

Hoje, preservar e difundir a memória documentada da luta operária e popular de resistência é arma essencial a serviço da superação da exploração e de suas formas renovadas de atuação.

Os militantes, historiadores e pesquisadores encontram para consulta no CPV documentos de vários gêneros (textual, bibliográficos, iconográficos e sonoros). Todos, frutos da ação e pensamento dos trabalhadores e seus aliados em busca da transformação social. Um acervo constituído de mais de 200 mil documentos.

O CPV hoje não possui equipe técnica, apenas mantém um atendente para visitas agendadas. Tem sido gerido por uma diretoria eleita a cada três anos, um conselho fiscal e um corpo de associados e colaboradores. 

CPV, janeiro de 2011


www.cpvsp.org.br